sábado, 30 de outubro de 2010

O Jornalismo no Segundo Reinado e na República Velha


A imprensa no Segundo Reinado

Durante o Segundo Reinado (1840-1889), o Brasil manteve-se como uma sociedade essencialmente rural, com a produção baseada na mão-de-obra escrava e com uma estrutura política conservadora. Ao final do Império, 90% da população viviam na área rural e 85% eram analfabetos. Porém, jornais desenvolviam-se e neles eram publicados críticas ao monarca, que  vinham acompanhadas de caricaturas com o objetivo de deboche e não havia repressões, ao contrário do que ocorreria com as publicações monarquistas, após a Proclamação da República.
O desenvolvimento dos jornais intensificou-se na segunda metade do século XIX e a maioria dos diários fundados no século XIX deixou de circular. Permanecem em circulação os cariocas Jornal do Brasil (Rio de Janeiro) e O Fluminense, entre outros. O Império, que até então se limitara a jornais políticos, voltados para a atividade comercial e de informação geral, ampliou-se com o surgimento dos periódicos ilustrados, como A Semana Ilustrada (1860). As principais lideranças políticas e intelectuais debateram pelos jornais até que, num intervalo de 18 meses, a monarquia escravista desse lugar à república de homens livres. Na década de 1850, o Brasil entra na era das ferrovias e das telecomunicações. Esse sistema facilitou a distribuição dos jornais nas regiões de maior população e mais intensa atividade econômica e rapidez no fluxo de informações destinadas às redações pelas linhas telegráficas.
O telégrafo elétrico foi introduzido no Brasil em 1852 ligando o Palácio Real da Quinta da Boa Vista ao Quartel General do Exérci-to e não era de acesso público. Nos anos seguintes, a rede operada pela Repartição Geral dos Telégraphos foi ampliada com 172 estações entre o Pará e o Rio Grande do Sul e ramificações para cidades do interior de diversos estados. Essa rede nacional foi interligada ao cabo submarino que partia de Londres e chegava a Recife. O custo e as condições de transmissão não favoreciam o envio de mensagens longas, mas permitiram aos jornais das maiores cidades brasileiras receber informações sobre os principais acontecimentos no mesmo dia em que ocorriam. 

A imprensa na tumultuada República Velha

A Primeira República Brasileira ocorreu a partir da Proclamação da República em 15 de novembro 1889 até a Revolução de 1930 quando o último presidente Washington Luis foi deposto. A imprensa neste período sofreu transformações, tendo como consequência atos de violência e repressão, como podemos ver no Decreto 85, 23 de dezembro de 1889 onde está escrito que “os indivíduos que conspirarem contra a república e seu governo: que aconselharem ou promoverem por palavras escritos ou atos a revolta civil ou indisciplina militar... serão julgados por uma comissão militar... e punidos com as penas militares de sedição.”
Com isso aconteceram várias revoltas e problemas sociais nos quatro cantos do Brasil, isto foi à principal marca deste período além de inúmeros casos em que os recursos públicos foram utilizados para corromper jornais e revistas, um dos governantes que se destacou nesta época foi Campos Salles. Mesmo com toda a repressão, a imprensa buscou novos horizontes e desenvolveu novos ramos como o da Imprensa Operária e o da voltada para comunidades imigrantes.
Durante a República Velha a imprensa teve como desafiante o rádio que, inicialmente, limitou-se a programas de entretenimento, só posteriormente passando a veicular publicidade de notícias. Enquanto isso, os principais jornais brasileiros deram um novo salto com a incorporação de máquinas de escrever à redação e à área administrativa.

18 comentários:

  1. Desde essa época até os dias de hoje a imprensa, assim como todos os outros meios de comunicação tem se modernizado não só no modo de fazer a informação chegar até o indivíduo, mas também em seu modo de linguagem e escrita. Com o avanço da internet por exemplo, as notícias impressas tem mantido uma nova postura em relação ao tamanho dos textos, devido a facilidade e praticidade da internet.

    Cristina Ortunio Servi - Jornalismo

    ResponderExcluir
  2. Interessante observar todos os processos que a imprensa brasileira passou para chegar ao estado atual.

    Vale ressaltar, entretanto, que ainda ela tem muito que evoluir, principalmente na questão da imparcialidade.

    Danilo Sardinha

    ResponderExcluir
  3. A Imprensa no Segundo Reinado, vimos que sofreu grandes transformações, não sofreu nenhum tipo de repressão, pelo contrário foi utilizada como uma forma de fazer interligações de informações para a distribuição de notícias para os jornais.

    Mayara Moleiro

    ResponderExcluir
  4. A imprensa na república velha sofreu várias repressões, os rádios era utilizados primeiramente como uma mídia de intreterimento, vários jornais e revistas foram corrompidos.
    Mas enquanto tudo isso acontecia os jornais deram um salto, começaram a incorporar as máquinas de escrever, o que acabou trazendo maior agilidade.

    Mayara Moleiro

    ResponderExcluir
  5. No transcurso do longo Segundo Reinado
    (1840-1889), o Brasil manteve-se como uma sociedade
    essencialmente rural, com a produção baseada
    na mão-de-obra escrava e com uma estrutura
    política conservadora. Mesmo ao final do Império,
    mais de 90% da população viviam na área
    rural e 85% eram analfabetos, inclusive grande
    parte dos proprietários de terras. Esse quadro impunha
    barreiras intransponíveis ao desenvolvimento
    da imprensa brasileira que, entretanto, supera
    a fase dos efêmeros pasquins panfletários,
    dando origem a jornais mais estáveis e estruturados

    Postado por Paulo Rodrigo Martinis

    ResponderExcluir
  6. O desenvolvimento dos jornais intensificou
    -se na segunda metade do século XIX, quando
    os títulos mais fortes mudaram de formato, abandonando
    o tamanho pequeno, característico
    da fase inicial, incorporaram prelos mais modernos
    e instalaram-se em prédios construídos especialmente
    para abrigá-los. A maioria dos diários
    fundados no século XIX deixou de circular.
    Permanecem em circulação os cariocas Jornal
    do Brasil (Rio de Janeiro) e O Fluminense
    (Niterói), os paulistas A Província de São Paulo
    [atual O Estado de S. Paulo] (São Paulo) e A
    Tribuna (Santos), e o gaúcho Correio do Povo
    (Porto Alegre).

    Postado por Paulo Rodrigo Martinis

    ResponderExcluir
  7. Estava pesquisando mais a fundo e achei um texto sobre à epoca em questão, onde o propósito está em definir a imagem da mulher na imprensa brasileira. E uma das curiosidades que identifiquei foi que na época, ao ser feitos as notas de falecimentos uma mulher era descrita mesmo sendo uma "filântropo do sexo" achei muito interessante a leitura e caso desejem saber mais:

    http://segall.ifch.unicamp.br/site_ael/publicacoes/cadernos/cad-8/Artigo-2-p69.pdf


    Nathália Adriana P. dos Santos

    ResponderExcluir
  8. A Imprensa passou por varias modificações e ate hoje essas modificações ocorrem, visto que antigamente só eram publicados folhetos informativos, e ocorreu um salto no surgimento da prensa a maquina de escrever, redações e etc. Hoje temos vários meios de comunicação onde a noticia é vinculada TV, Rádio, Internet, Revistas e todo e qualquer meio impresso. Claro que ela pode evoluir muito mais, não só pode como deve. Afinal a noticia tem que ser passada de forma clara, objetiva e imparcial. Usando da verdade e bom senso.

    Rodolfo Reis

    ResponderExcluir
  9. Este comentário foi removido pelo autor.

    ResponderExcluir
  10. Acredito que a Imprensa no Brasil, sempre teve seus ápices de transformação e importância,no período da República Velha teve uma grande importância na divulgação dos problemas socias, a cidadania inexistente, etc. Já hoje isso mudou completamente...o leque de informação é extenso, e muitas vezes visto com má qualidade quando o assunto é usar a imprensa a favor da sociedade.

    Leda Rocci

    ResponderExcluir
  11. É ótimo ver como nasceu o que nós queremos fazer hoje.
    A imprensa no Segundo Reinaldo sofreu censura prévia até 28 de agosto de 1821, por deliberação das Cortes Constitucionais de Lisboa em defesa das liberdades públicas.
    Ainda se discute quem é o "pai" do Jornalismo no Brasil, mas é praxe atribuir o tal título a Hipólito da costa, que para fugir da censura no Brasil, editou da Inglaterra o Correio Braziliense.
    Já na República Velha, foi criada em 23 de Dezembro de 1889 a Lei de Imprensa, onde uma junta militar poderia processar e julgar sumariamente abusos da manifestação do pensamento; esta lei ganhou o apelido de decreto rolha.
    Ainda hoje passamos por processos, mesmo que sutis, de censura. Mas temos que reconhecer que já foi bem pior e o profissionais que encaravam a tarefa antes de nós são verdadeiros heróis.

    Maria Carolina Domingos Campos

    ResponderExcluir
  12. Vendo o começo de tudo e a volta que a imprensa conseguiu realizar nessa época, percebemos o quanto a modernização é importante .
    Aconteceu em 1821, quando eles realizaram um salto para o jornalismo, com as máquinas de escrever, e essa tecnologia só continua.

    Débora Carvalho

    ResponderExcluir
  13. Um concidência interessante é que na republica velha houve a repressão de 85, como diz a lei de 23 de dezembro de 1889,esta escrito que “os indivíduos que conspirarem contra a república e seu governo: que aconselharem ou promoverem por palavras escritos ou atos a revolta civil ou indisciplina militar... serão julgados por uma comissão militar... e punidos com as penas militares de sedição.”
    Isto foi exatamente o que houve durante o período de Ditadura Militar, ou seja.. Durante a história do Brasil a imprensa passou por altos e baixos.
    É fácil ser um profissional de comunicação onde existe total liberdade para se expressar, como nos dias atuais. Todos os jornalistas ou profissionais de comunicação desta época com certeza foram grandes heróis!

    Gabriela Tomé

    ResponderExcluir
  14. A Imprensa na Republica velha soferu algumas modificações que ao meu ver foram validas ate um determinado periodo. Uma das modificações foi a forma de escrita que passou do latim para o portugues.

    ResponderExcluir
  15. Bárbara Stephanie Monteiro
    A imprensa sempre sofreu muito repressão mas ña maioria das vezes isso nunca foi um motivo para ela seguir em frente com seus ideais, pelo contrario.Infelizmente pela censura que havia na epoca, com o medo do regimee algumas vezes, poucas vezes por simples interresse social alguns jornais,entre outros meios de comunicação se vendeu para esse impiedoso regime.

    ResponderExcluir
  16. A imprensa enfrentou varias barreiras para hoje conseguir ter sua liberdade e poder publicar suas materias. A tendência é que cada vez mas a imprensa consiga se desenvolver.

    ResponderExcluir
  17. A imprensa no Segundo Reinado e na República Velha teve que enfrentar vários obstáculos e censuras, mas com grande dificuldade, flexibilidade e perceverança de toda uma sociedade conquistou seu espaço, para divulgar não somente publicidade de produtos que engrenam o capitalismo mas o direito posteriormente de divulgar noticias dos acontecimentos para os cidadãos. Que necessitam muito mais do que apenas produtos de consumo(muitas vezes supérfluos), mas sim informação para poder ser peça participante das decisões na sociedade.

    ResponderExcluir