terça-feira, 26 de outubro de 2010

Imprensa no Brasil comemora 200 Anos

No dia 1º de junho, comemora-se no Brasil o Dia da Imprensa. A data foi escolhida para comemorar o dia em que circulou pela primeira vez o Jornal “Correio Brazilienze”, fundado por Hipólito José da Costa. Mas nem sempre foi assim. Durante mais de seis décadas, até 1999, o Dia da Imprensa tinha como referência 10 de setembro, data em que circulara pela primeira vez a “Gazeta do Rio de Janeiro”, um periódico expressava a visão oficial da corte portuguesa. Por conta da existência desse periódico, havia também, na época, uma lei que proibia a circulação de jornais e livros no Brasil para impedir o ingresso de idéias libertárias no país. Em 1997 o jornalista Alberto Dines, no seu programa de TV “Observatório da Imprensa” questionou a legitimidade da data, argumentando que era mais apropriado 1º de junho, dia em que circulou originalmente o “Correio Braziliense”, periódico independente editado em Londres por Hipólito da Costa.

Embora seja o primeiro jornal brasileiro, a “Gazeta do Rio de Janeiro” foi um veículo oficial que publicava notícias sobre a natureza européia, documentos oficiais, as virtudes da família real, enfim, divulgava pontos a favor da família real e suas origens. Para fazer antagonismo com este tipo de notícia, é que foram criados os jornais não oficiais. “O Correio Brasiliense” ou “Armazém literário”, de Hipólito José da Costa, maçônico foragido que redigia o jornal na Inglaterra e exportava por meio de contrabando para o Brasil, tinha mais de 100 páginas. Era vendido, em média, uma vez por mês. Assim nascia a imprensa no Brasil, tardia, já que nas demais colônias o jornalismo já era existente desde o século XVI.

Desde então, imprensa brasileira vem desempenhando importante papel nos processos de mudanças políticas. Da mesma forma, jornalistas também provocaram mudanças significativas no cenário social brasileiro. O jornal “A República”, surgido no Rio de Janeiro, em 1870, ficou famoso pela publicação do manifesto republicano. Em São Paulo, havia o “Correio Paulistano” que agitava a opinião pública sobre a abolição e a República. Nesta época já havia jornais espalhados por todo o país. Em 1907 tem-se o primeiro jornal editado em cores e, finalmente, em 1910 funda-se a Associação Brasileira de Imprensa. São duzentos anos de imprensa no Brasil, e esta imprensa vive uma crise que é comum a todo o mundo.

Agora, passados dois séculos de criação da Imprensa no Brasil, o novo contexto é o do jornalismo digital que surge com internet. Este novo meio de comunicação, prático e ágil, permeia por todas as mídias, seja ela a mídia impressa, televisão ou rádio. É nesse cenário que se abre aqui um espaço para que a História do Jornalismo no Brasil. Sabemos que, para entender a nossa conjuntura atual, é preciso conhecer antes a nossa História. Essa página, criada com material produzido pelos alunos do Curso de Jornalismo da Univap, pretende relembrar os momentos cruciais da História da Imprensa no Brasil para provocar uma reflexão sobre atuação do jornalismo brasileiro e repensar os ideais daqueles que foram os pioneiros.

7 comentários:

  1. Os 200 anos da chegada da família real portuguesa ao Brasil já seria motivo suficiente para comemorações em 2008. Mas as necessidades da corte em solo brasileiro obrigaram o príncipe regente dom João a fundar, já no ano de seu desembarque, algumas instituições que, de tão importantes, duram até hoje. A Imprensa Nacional é uma delas.

    Foi no dia 13 de maio de 1808, em seu aniversário de 41 anos, que dom João criou a Impressão Régia por meio de decreto. Era o embrião para o que se conhece hoje como imprensa.
    Apesar de bicentenária, a imprensa brasileira é muito jovem. No México, ela já existia desde 1540. Explica que a ausência de uma revolução iluminista em Portugal deixou a coroa portuguesa intolerante em relação a qualquer tipo de informação.
    Mas foi com a Impressão Régia que o primeiro jornal impresso brasileiro foi lançado em território brasileiro: "A Gazeta do Rio de Janeiro", no dia 10 de setembro de 1808.
    A tiragem de "A Gazeta", por exemplo, girava em torno de 200 exemplares em um tempo em que os analfabetos somavam 83% da população, segundo o Censo de 1860.
    A partir de então, outros jornais foram fundados.Entre 1821 e 1823, havia mais de 50 periódicos circulando no Rio.


    Mayara Moleiro

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  2. A fundação cassiano Ricardo faz uma exposição sobre o que a imprensa joseense noticiava entre o final do século XIX e início do século XX. Para nós jornalistas, é de extrema importância, fui à exposição e vale a penas conferir. Fica no parque da cidade até a data de 31/12/2010. O mais interessante é a relação do que aprendemos em aula com o que vemos na exposição.


    Nathalia Adriana P. dos Santos

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  3. A imprensa brasileira vem desempenhando importante papel nos processos seja ele politico, econômico ou qualquer outro. Assim como jornalistas também provocaram mudanças no cenário social brasileiro. A Imprensa é um poderoso meio de comunicação que vem evoluindo para melhor. Levando a informação para todo e qualquer tipo de pessoa independente de sua classe ou razão social. O fato de estudar jornalismo é justamente esse pode levar informação de forma rápida, pratica e imparcial para toda população, em qualquer lugar do mundo. A fim de manter todos informados sobre o que ocorre a sua volta. Comunicar é isso, expressar e expor suas ideias e opiniões buscando imparcialidade. Querendo ou não nos jornalistas somos formadores de opinião. Coletamos, redigimos, editamos e publicamos informações sobre eventos atuais ou passados. Jornalismo é uma atividade de comunicação.

    Rodolfo Reis

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  4. Bárbara Stephanie Monteiro - jornalismo

    Nada mais justo que a mudança da data de comemoração da Imprensa brasileira, pois um noticia seja ela por radio, tv ou escrita tem que ser destinada principalmente para população, tem que conter relatos e noticias que crie um senso critico, que mostre o que realmente acontece, coisas que são importantes e interfere na vida das pessoas e fica evidente que o “Gazeta do Rio de Janeiro” não fazia exatamente isso, estava mais para uma publicidade barata da corte que qualquer outra coisa.

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  5. Quando a ABI foi fundada, em 1908, era praticamente impossível viver só de jornalismo no Brasil. Pagava-se quanto e quando dava. As redações eram divididas em duas castas: repórteres e jornalistas. Enquanto um fazia o garimpo do dia em delegacias e necrotérios, o outro ficava na bancada batucando furiosamente uma Royal preta. Apesar dos prazos sempre apertados, ambos tinham que se desdobrar em dois ou três empregos para dar conta do recado.
    Foi no diário carioca O Paiz, um dos mais influentes da capital, que surgiu o movimento. Liderados por Gustavo Lacerda, um autêntico representante do chão de fábrica, um grupo de jornalistas e repórteres começou a se reunir diariamente em uma sala na sobreloja de um imóvel onde funcionava a Caixa Beneficente dos Empregados do jornal.
    A Associação Brasileira de Imprensa foi um grande ajudante para a dignificação do nosso ofício. Infelizmente, hoje não é preciso mais o diploma de jornalismo para exercer a profissão e muitos tratam isso com irresponsabilidade.
    Sonho em ver as palavras "censura" e "imprensa" dissociadas. Isso está um pouco longe de acontecer, mas o bom é que hoje em dia é grande o acesso que as pessoas têm à informação. Temos a internet, com seus milhões de sites e blogs informativos, que pode ser acessada por aparelhos móveis, rádio, tv, jornais (prestes à extinção), revistas, etc.

    Maria Carolina Domingos Campos

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  6. os 200 anos de imprensa no Brasil apesar dos avanços ja conquistados me levaram a refletir sobre o futuro dessa midia daqui para frente embora tenhamos consciencia de que cada vez sera mais raro o jornal imprenso e chegado o momento em que a imprensa se modernizou e nao é possivel mais voltar ao que era.

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  7. A imprensa ela tem uma importância na sociedade enorme,pois, sao formadores de opnião por isso tem que dar a informação corretamente .Eu considero justo a alteração da data da comemoração da Imprensa ,por que “Gazeta do Rio de Janeiro” nao tinha a intenção de mostra a realidade do que estava acontecendo no Brasil naquela época e sim manipular os brasileiros fazendo eles acreditarem que a Corte era "Perfeita". Diferente do “Correio Brazilienze que apurava os fatos e nao queria fazer média com ninguém queria apenas mostrar a realidade no nosso país .

    Gabriel Menezes

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