segunda-feira, 29 de novembro de 2010

ESTADO NOVO - 1937-1945


Desprovido de coerência e sem nenhum programa político suficientemente claro, em 1934 o tenentismo já tinha deixado de existir e em seu lugar, novas organizações políticas começaram a surgir, influenciadas pelos acontecimentos europeus. A AIB (Ação Integralista Brasileira) utilizava-se do ódio aos comunistas para elevar a tensão emocional de seus partidários. Quando os efeitos da Crise de 29 se faziam sentir com intensidade e as agitações esquerdistas começavam a tomar corpo, os integralistas formaram grupos paramilitares que agiam com violência para dissolver as manifestações esquerdistas. Contrários ao facismo, os comunistas representados através da Terceira Internacional (Komintern), uma reunião de grupos comunistas de todo mundo, reuniram-se em sua representatividade através de LUÍS CARLOS PRESTES que logo passou a dirigente do PCB. Depois de combater os levantes comunistas, decretou estado de sítio prolongando por pelo ano seguinte – pretexto que precisava para conduzir o país à ditadura.
Através do Plano Cohen supostamente comunista de 1937, que visava ao assassinato de personalidades importantes, preparou as condições ideais para o golpe. A “ameaça vermelha” assim denominada tratava-se de uma estratégia bem articulada por Getúlio Vargas que tinha como objetivo a “preparação do golpe” que estava por vir. Autorizado então pelo Congresso, dá-se início ao estado de guerra com adesão de vários representantes, como o apoio do governador de MG, Nordeste entre outros estados. Em 2 de dezembro de 1937, Vargas decretou o fechamento do Congresso e anunciou a nova Constituição. Os partidos são dissolvidos....dá-se início ao Estado Novo.
A Carta Outorgada de 1937 representa um total domínio de poder sem a interferência de ninguém nos planos do governo Vargas. Entra em cena o DIP (Depto de Imprensa e Propaganda) que veio para regulamentar, controlar e supervisionar tudo o que fosse de idéias e programas da época. Fazendo claro uso dos meios de comunicação como instrumento elogioso do regime e disseminador de um sentimento nacionalista. A produção de material didático nas escolas chegou com um forte apelo nacionalista. Nas redações dos jornais, a possibilidade de ser divulgada qualquer matéria contra o governo Vargas, era minimizada de todas as formas e se o DIP considerasse alguma notícia, artigo ou coluna subversivo, o Estado tinha poderes de fechar a empresa de comunicação ou suspender o fornecimento de papel ao jornal. Uma maneira de comprar o silêncio era oferecer um espaço publicitário para propaganda oficial aos veículos que fizessem propagandas positivas do Estado Novo, incluindo as rádios. Paralelo a essa repressão ideológica, aumentou-se o papel da Polícia Secreta que se especializou em práticas violentas, reprimindo, com torturas e assassinatos, os indivíduos considerados nocivos à ordem pública.
A preocupação do novo regime, era neutralizar e anular a influência políticas do operariado, fazendo os trabalhadores ligarem-se aos sindicatos. Greves e o lockout foram proibidos por serem “rescursos anti-sociais, nocivos ao trabalho e ao capital, incompatíveis com os superiores interesses nacionais”.
As transformações econômicas foram acontecendo de um modo geral. A tendência à nacionalização da economia intensificou-se com a Crise de 29, pois a política de valorização do café entrou em seu ciclo descendente. A fisionomia econômica começou a se alterar profundamente. Produzindo mais do que o mercado conseguia absorver, foi firmado em 1906 através do Convênio de Taubaté, entre os grandes produtores de MG, SP e RJ um acordo que sustentava a baixa do valor das sacas que estavam paradas no mercado. O estado contraiu empréstimos para salvar um setor da economia beneficiando um grupo, pela importância que esse negócio representava ao país, foi justificada como uma medida para conter a crise do país, e não dos produtores de café. Considera-se, porém o peso político que esses produtores tinham na máquina pública, a chamada política do café-com-leite.

A queda do estado novo

Com o final da 2ª Guerra Mundial (1945) e a derrota das nações fascistas, a sociedade começa a ir contra o regime da ditadura varguista. Com isso tivemos muitos artistas, intelectuais, que queriam de volta a democracia.  Getúlio estava sendo pressionado para renunciar, e essa pressão aumentava a cada dia. No dia 29 de outubro de 1945, depôs do poder Getúlio Vargas.
O governo de Vargas, durante o Estado Novo, teve sucesso na área da economia, o país fez grandes avanços com a modernização industrial e investimentos e infra-estrutura. Os trabalhadores também foram beneficiados com leis trabalhistas, garantindo diversos direitos. Porém, no aspecto político, o Estado Novo significou a falta de democracia, censura e aplicação de um regime de caráter populista.

8 comentários:

  1. Estudando sobre esse assunto ao realizar esse trabalho, consegui entender várias "façanhas" do estado novo.
    Com o plano Cohen, e a estbilidade política naquela época, Getúlio deu o golpe e a ditadura começou a funcionar, depois disso dá-lhe novidade,muitas pessoas sendo presas como o Prestes , Monteiro Lobato...
    E tinha gente que acreditava que o estado novo aconteceria mesmo sem Getúlio, como essa frase:
    “O Estado Novo viria com Getúlio, sem Getúlio ou contra Getúlio”! Almirante Ernâni do Amaral Peixoto

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  2. Comentário acima digitado pela aluna DÉBORA GONÇALVES DE CARVALHO

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  3. O que me chamou a atenção lendo este trecho da história de nosso país, foi a censura á imprensa. Na época com certeza significava mto para a população ter libedade de expressão, pois a TV os jornais e rádios eram os principais meios de divulgação e informações, hoje em dia é acho que seria impossivel conseguir manter uma censura.
    Mas vale ressaltar que ainda sem liberdade houve formas de protestos pacíficos como a dos estudantes de Direito da Universidade de São Paulo que em oposição a Getúlio fizeram a Passeata do Silêncio, em que desfilaram com mordaças negras para simbolizar a falta de liberdade de expressão.


    Gabriela Oliveira Tomé

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  4. O período inaugurado em novembro de 1930 e que passou à história como Estado Novo é marcado por ambigüidades também no campo jornalístico. Lembrado sempre, nos depoimentos dos homens de imprensa, como o momento em que os jornais
    tiveram sua liberdade inteiramente cerceada pela ação da censura e do Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP), criado em 1939, não se pode considerar de forma unânime que toda a grande imprensa sofreu negativamente com a ação política do período ditatorial de Vargas.
    Se por um lado há periódicos que reagem ao discurso hege mônico, sofrendo em conseqüência sanções, há também aqueles que se beneficiam das cercanias do poder.
    Para conseguir o apoio irrestrito não faltam expedientes os mais diversos, como isentar
    os jornalistas de Imposto de Renda ou subsidiar inteiramente o papel de imprensa para
    os jornais que apoiam o governo. O que Joel Silveira considera o “lado corrupto da
    ditadura”, nada mais é do que estratégias no sentido da construção do consenso, que não
    incluem necessariamente a coerção.

    Censura. De novo.
    Ser censurado faz parte de expor sua opinião, mas vender-se e divulgar o que não acredita é falta de caráter e de dever com o público.

    Maria Carolina Domingos Campos.

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  5. Pesquisando e estudando sobre esse assunto pude compreender como a imprensa chegou aos dias de hoje. Tendo em vista que a censura contra a imprensa esteve presente durante muitos anos.

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  6. Bárbara Stephanie monteiro
    Getulio entrou no poder com armações através do Plano Cohen, em seu governo, o Estado Novo, houve muita censura, repressão, e claro mais uma vez a imprensa sofre pois em se trantando da falta de liberdade é ela que mais sofre.
    Apesar dos lados ruins deste governo teve muita coisa boa, coisas que como as ruin tbm n devem ser esquecidas como leis trabalhistas, garantindo diversos direitos;aumento na economia, industrializalção avançada.

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  7. Na epoca da Censura tinhamos poucos meios de comunicaçao e a sociedade se baseava no que saia na imprensa.


    Hoje em dia se pararmos para pensar acho que não tem a possibilidade de haver censura , sao muitas fontes

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  8. Qualquer sucesso que um país obtenha, tendo para isto utilizado de um regime ditatorial onde a democracia seja deixada de lado, não se trata de sucesso. Mas sim de um retrocesso na linha do desenvolvimento em todos os seguimentos!!! Hoje é necessário extrema atenção sob as leis que da mesma maneira podem tirar nossa liberdade assim como foi feito no Estado Novo, mas em pior grau agora, se isto ocorrer contando com nossa participação, elegedo candidatos que tendem a defender a proibição da liberdade de imprensa como vem ocorrendo neste Brasil atual, mas que graças a Deus não tem obtido sucesso!!!

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